sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Estava reparando como é difícil perceber os detalhes do dia-a-dia. Quando se vai a um lugar pela primeira vez, olha, presta-se atenção em tudo em volta, mas quando se faz a mesma coisa todos os dias, não há como fugir, cai-se numa rotina. O mesmo horário de acordar, o mesmo caminho, o mesmo ônibus, as mesmas pessoas.
Então perceber aqueles pequenos detalhes (da vida) fica cada vez mais difícil, reparamos que o trânsito está congestionado, que estamos atrasados, que o banco do ônibus não está confortável, mas passamos despercebidos por aquele menino morador de rua que está todos os dias no sinal pedindo dinheiro, ou naquele senhor idoso que mora embaixo de um viaduto, percebemos apenas aquilo que nos convém, aquilo que nos afeta de maneira direta. Poderia isto ser chamado de egoísmo? Talvez.
Mas o que importa é que possamos estar atentos a essas coisas também, devemos estar sensíveis ao que está a nossa volta. Pode ser até mesmo nas coisas mais simples como escutar um amigo do trabalho desabafar e poder dar um ombro amigo. Isso faz toda a diferença na vida de alguém que precisa de um pouco de atenção e muitas vezes, passamos sem ver quem esta querendo apenas uma conversa amiga, a pressa não nos deixa enxergar isso. Que a sensibilidade abra nossos olhos da alma para que vejamos além do que nos interessa, afinal não estamos sozinhos neste mundo!