segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Alfabetização, Cibercultura e Letramento Digital

Seguindo meu coração faço graduação de Pedagogia na Universidade Federal Fluminense e estou no 8º período, como parte de uma atividade proposta pela Professora Edith Frigotto (adoro!) fizemos um exercício que achei quedeveria vir pra cá, pois têm informações bem legais pra quem se interessa pelo tema. Adisciplina em que foi realizada a atividade foi Comunicação e Linguagem.

Buscando compreender um pouco melhor como se dão as novas formas de leitura, escrita e que relação se estabelece com a alfabetização, fiz a análise de dois textos, relacionando-os, que se mostram indispensáveis pra esse estudo.É preciso estar atento quando o assunto é alfabetização e cibercultura, principalmente quando se tratam de crianças. Primeiro porque não devemos, como pais, mães, professores ignorar o efeito da tecnologia na formação de nossas crianças e segundo porque emos (e devemos) usá-la a nosso favor.

O artigo de Magda Soares tem por objetivo entender o conceito de letramento no contexto da cultura do papel e, junto dela, de um novo campo, da cibercultura. Coscarelli visa alertar os educadores como a informática pode, sobretudo hoje, ser útil e necessária no processo educativo.

Soares utiliza diversos autores para designar o conceito de letramento já que este é definido pela imprecisão, pois foi introduzido no campo das Letras e da Educação a pouco tempo: é um conceito ainda em formação . A partir de Kleiman, a definição de letramento é concebida como um conjunto de prática de leitura e escrita, suas conseqüências e impacto sobre a sociedade. Coscarelli explicita que a informática não deve ter o papel de um educador, substituindo-o, nem que o aluno deva permanecer em frente ao computador por todo o tempo, mas que este deve ser uma ferramenta para ajudar na aprendizagem.

Apesar de não existir muitos trabalhos que tratem dos processos cognitivos presentes na leitura e escrita de hipertextos, a suposição (presente no texto da Soares) é de que esse movimento traga conseqüências sociais, cognitivas e discursivas, formando assim um letramento digital.

Segundo a afirmação de alguns autores os processos cognitivos ligados ao letramento digital retomam os esquemas mentais do ser humano já que sua organização se dá em rede e não linearmente como no texto em papel em que é facilmente identificável seu início meio e fim.

Após a reflexão sobre as práticas de leitura e escrita que admitem conceitos de letramento, percebe-se que novas tecnologias de escrita, (produção e reprodução) geram diversos tipos de letramentos, que consiste em fenômeno plural, ou seja, indicam mais de uma possibilidade com ele e dentro dele, diversas possibilidades. A necessidade da utilização significativa da informática é um passo indicado por Coscarelli para a real construção de conhecimento através desse recurso, a autora também alerta para a preparação dos professores, que precisam aprender e se familiarizar com essas novas práticas de leitura, escrita, produção e reprodução de textos, ou seja, com esse letramento digital.

Bibliografia:

COSCARELLI, C. V. & RIBEIRO, A. E.(Orgs.) Alfabetização e Letramento Digital. In: Letramento Digital: Aspectos Sociais e Possibilidades Pedagógicas. Ed. Autêntica, 2005.

SOARES, Magda. Novas Práticas de leitura e escrita: Letramento na cibercultura. Educ. Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-160, dez., 2002. Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>. Acessado em: Dez., 2010.

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