quinta-feira, 29 de abril de 2010

Alice e Eu


No lado esquerdo da região lombar sinto uma pontadinha, como uma agulha me espetando, ao me mexer escuto um estalo, mais um... A vista cansada e ofuscada pela luz do monitor me faz pensar que ou eu estou envelhecida ou eu realmente preciso de uma boa noite de sono. Daquelas que você acorda sem saber que dia é. Acho que preciso mesmo é de uma noite em que eu possa dormi até todos os problemas acabarem, os meus problemas, ínfimos e desprezíveis, os problemas do mundo, macros e mal-cheirosos e os problemas de cada ser humano, peculiares e tristes. Talvez um sono em que me transportasse para o País das Maravilhas, onde eu pudesse passear com a Alice e esquecer o que não sai da minha consciência, tomando chá com o Chapeleiro Louco.

terça-feira, 27 de abril de 2010

A educação, a sociedade e outras coisas...


A década de 90 é marcada por uma série de reformas educacionais e implementação de programas, como os programas de avaliação. Essas reformas trazem a idéia de qualidade a partir de uma perspectiva produtivista (numa lógica empresarial, da competitividade). Em contra partida, o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE/RJ) tem defendido a idéia de que a escola pública deve ser uma “escola de qualidade social” (numa lógica dos movimentos sociais, da solidariedade). Isso demonstra que existe uma disputa a respeito do conceito de qualidade da educação. E os programas de avaliação, relacionados às reformas educacionais baseiam-se em uma avaliação externa, quantitativa e produtivista.
As propostas neoliberais em educação agem a partir de dois princípios: a execução de reformas institucionais e na formação de um novo senso comum. O discurso neoliberal afirma não ser necessário o aumento de recursos para a educação, pois isso levaria a um desperdício, por conta da improdutividade, ineficiência e ineficácia da gestão pública (GENTILI, 1996). Dentro desse discurso, o número de professores, escolas e material didático já seriam suficientes para alcançar a todos, e, o que deveria ser feito é uma melhor utilização desses recursos. Assim, “qualidade” se torna a palavra chave (do discurso neoliberal ), em detrimento da idéia de “igualdade”.
Essa idéia de qualidade é marcada pelo produtivismo. Atingir metas, garantia da freqüência escolar e fixação de conteúdos selecionados das disciplinas seriam a certificação que a escolaé produtiva . Por isso a necessidade da avaliação educativa. O que traz imbricada a lógica mercantil: da competitividade, dos rankings, na tentativa de enfraquecimento do movimento sindical, que tem uma perspectiva de educação contrária a neoliberal. O conceito de accountability (responsabilização) é importante para entender essa realidade. Esse termo traz a responsabilização dos sujeitos participantes do processo educacional, fazendo com que os professores sejam responsabilizados pelo sucesso ou fracasso do aluno, gerando uma competitividade entre eles, no qual a maioria é seguida de prêmios e gratificações, dependendo da classificação da instituição. Deixando de lado a visão libertadora da educação e fortalecendo a educação bancária (FREIRE, 1983), no qual abre-se mão da autonomia pedagógica e contrapõe-se a perspectiva de educação como processo emancipatório.
Deve-se atentar para essa tentativa de criação de fábricas repletas de conhecimentos tecnicistas e de sujeitos passivos ao mundo.
"Estudar não é um ato de consumir idéias, mas de criá-las
e recriá-las" (Paulo Freire)

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"You are the only exception."

Inesperadamente admirável...


É engraçado como nós, seres humanos, lidamos com os 'problemas' do dia a dia, alguns se desesperam a tal ponto de desejarem a morte, outros preferem fingir que nada está acontecendo, outros fazem de tudo para resolver de seu jeito, enfim, existe uma infinidade de alternativas, podemos escolher uma e se portar daquela forma. Podemos também utilizar da fé que temos, no meu caso é o que eu tento fazer sempre. O que algumas pessoas chamam de energia, força do pensamento etc; eu chamo de Deus. E confio Nele, deposito minha preocupação e meu desespero na certeza que tudo vai ficar bem! Bom, falando em problemas, é engraçado também como denominamos problemas aquilo que ou não sai como planejamos ou contraria nossa vontade, não é mesmo? ou será que só eu sou assim? Ficamos desapontados quando algo não sai exatamente como queríamos, né?! Mas, existe uma coisa muito legal no inesperado: a capacidade de se reinventar diante do novo.
Esse é o tipo de característica que se aprimora na prática, a cada dia aprende-se um pouco e ela vai se transformando num marco da sua personalidade, admirável!